O que é a autoprodução de energia e para quais empresas ela é efetiva?


No Brasil, a autoprodução de energia tem se destacado nos últimos anos como um importante mecanismo para diversificar a matriz energética, promover a sustentabilidade e incrementar a segurança energética do país.

De acordo com o Anuário Estatístico de Energia Elétrica 2023, elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), a região Sul emerge como líder em consumo per capita de energia elétrica, evidenciando não apenas uma demanda crescente, mas também um potencial significativo para iniciativas de autoprodução.

Além disso, o relatório síntese do Balanço Energético Nacional, publicado pelo Ministério de Minas e Energia (MME) e pela EPE, oferece uma visão consolidada sobre as transformações do setor no Brasil, destacando a importância da autoprodução e da produção independente de energia.

Neste texto vamos falar mais sobre como funciona a autoprodução, quais os principais tipos no Brasil e seus benefícios.   

O que é autoprodução de energia?

A autoprodução de energia refere-se ao processo pelo qual consumidores produzem sua própria energia, tipicamente usando fontes renováveis, para atender suas necessidades operacionais, ao invés de depender exclusivamente da rede elétrica tradicional.

Contribuições para a sustentabilidade e metas de descarbonização

Empresas que adotam a autoprodução, especialmente através de fontes renováveis, contribuem ativamente para a redução do impacto ambiental. Isso alinha as empresas com as políticas de sustentabilidade globais e melhora sua imagem corporativa diante de consumidores e stakeholders. De acordo com um relatório do Instituto para o Desenvolvimento das Energias Alternativas na América Latina (IDEAL), empresas que implementam sistemas de energia solar fotovoltaica podem reduzir suas emissões de CO2 em até 80%, dependendo da escala e eficiência do sistema implantado.

Principais tecnologias de autoprodução de energia

As tecnologias mais comuns para a autoprodução incluem:

  • Solar: Painéis solares são uma escolha popular e sustentável. A Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA) relata uma queda de 82% no custo de instalação de energia solar fotovoltaica entre 2010 e 2019, tornando-a uma opção economicamente viável para muitas empresas.
  • Eólica: Turbinas eólicas podem ser uma opção viável em locais com vento consistente. Segundo a Global Wind Energy Council (GWEC), a energia eólica ocupa o segundo lugar como fonte de nova capacidade de energia, atrás apenas da solar.
  • Biomassa: Utilizar resíduos orgânicos para gerar energia é uma solução eficaz e sustentável, principalmente para indústrias. A Biomass Power Association (BPA) divulga que o uso de biomassa para energia pode contribuir para a gestão de resíduos e criar energia renovável.

Desafios e considerações da autoprodução de energia

Desafios técnicos e operacionais

A implementação de sistemas de autoprodução de energia pode enfrentar diversos obstáculos, que vão desde a complexidade da instalação até a exigência de manutenção periódica especializada. Um estudo publicado na revista “Renewable and Sustainable Energy Reviews” destaca que, entre os principais desafios técnicos, estão a integração de sistemas de energias renováveis com as redes existentes e a garantia de um fornecimento de energia confiável e estável. Outro aspecto a considerar é a necessidade de formação técnica para os operadores, a fim de assegurar que eles estejam aptos a gerir e manter as instalações de autoprodução de forma eficiente.

Investimentos iniciais e ROI

Apesar do potencial de economia significativa e dos benefícios ambientais a longo prazo, a instalação de sistemas de autoprodução requer um investimento inicial considerável. Segundo o relatório da Bloomberg New Energy Finance, o custo de capital para instalações de energia solar fotovoltaica e eólica tem diminuído ao longo dos anos, tornando estas tecnologias cada vez mais acessíveis e competitivas em relação às fontes convencionais de energia. No entanto, é crítico realizar uma análise de retorno sobre investimento (ROI) detalhada que leve em conta não somente os custos iniciais, mas também a economia de energia a longo prazo, os benefícios fiscais disponíveis, e os possíveis subsídios governamentais, para determinar a viabilidade financeira do projeto. Um estudo publicado pela “Energy Policy” utilizou um modelamento financeiro para demonstrar que, enquanto o ROI pode variar significativamente com base na localização geográfica, subsídios e custos de energia locais, projetos de energia renovável possuem o potencial para retornos financeiros robustos sob as condições certas.

Existe uma outra opção de energia mais barata sem investimentos iniciais e obras?

Além da autoprodução, existe uma alternativa para empresas que estão em busca de reduzir custos em até 30%, consumir energia renovável e não ter a necessidade de realizar obras nem fazer investimentos iniciais. Esse modelo é o de Geração Distribuída, onde empresas realizam a geração em fazendas solares próprias para seus clientes.

Empresas conectadas em média e alta tensão têm ainda a possibilidade de migrar para o mercado livre de energia, ter todos esses benefícios e ainda mais flexibilidade na negociação de aspectos como prazo de fornecimento e quantidade de energia consumida, por exemplo.

Em ambos os casos, a LUZ, fornecedora digital do Grupo Delta Energia, é o parceiro ideal. Além de todos os benefícios citados, a empresa oferece o acompanhamento do consumo através de um aplicativo exclusivo. Clique aqui e saiba mais.


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